Casa Tarumã destaca a sinergia com a natureza amazonense

Em meio ao verde tropical, a morada submerge entre as árvores ao redor da construção

Compartilhando espaço com a sublime paisagem natural, a Casa Tarumã emerge do verde com sua arquitetura singular. Entre as árvores que a circundam, a residência se destaca com a ampla área de 403,73 m², em harmonia com o ambiente tropical. Situado em Manaus, Amazonas, o projeto arquitetônico se integra totalmente com o lugar, nas proximidades de um pequeno lago que deságua no Rio Tarumã. O projeto, de autoria de Laurent Troost, também tem Raquel Brasil dos Reis, Amanda Perreira e Fernanda Martins na equipe. Enquanto a construção é de Helena Rabello e Daniel Herzson, os projetos complementares são de RB Instalações Ltda.Z e o projeto estrutural de Secope Engenharia Ltda.

Idealizada a partir de principios de sustentabilidade passiva para garantir conforto térmico, a construção apresenta implantação adequada, dimensionamento e orientação das aberturas que maximizam a ventilação cruzada, beirais generosos e preservação dos sistemas ecológicos locais. Dividida em dois volumes, um longilíneo e um com formato de mirante, acessível por passarelas, a casa otimiza a exposição aos fatores climáticos e potencializa suas relações entre as áreas internas e externas. Nesse repartimento, o primeiro volume acolhe o que precisa estar protegido do sol e da chuva, como o estar, o jantar e as suites. Já o volume do mirante abriga o que não precisa dessa proteção, como a lavanderia, o deque e a piscina.

Invertendo a tipologia habitacional clássica, a estratégia arquitetônica inseriu o volume principal em um corte do terreno em declive, a fim de preservar grande parte da floresta e minimizar o desmatamento. Desse modo, enquanto os dormitórios ficam no pavimento inferior, os espaços sociais internos, o estar externo e a piscina ganham evidência no pavimento superior.

A cobertura em aço corten do volume principal, concebida como uma estrutura independente do restante da casa, permite o aproveitamento dos ventos, criando um colchão de ar entre a cobertura e os ambientes. No telhado, uma platibanda invertida do lado do sol poente oferece privacidade à residência e maior proteção do sol equatorial. A largura reduzida do volume principal foi planejada para garantir ventilação cruzada em todos os ambientes. No pavimento superior, as janelas deslizantes do estar envidraçado possibilitam total integração com o estar coberto, a piscina e a natureza.

Na Casa Tarumā, há uma inversão na tipologia habitacional clássica. Enquanto os dormitórios ficam no pavimento inferior, os ambientes sociais recebem espaço no pavimento superior. 

Leia a matéria completa na edição 168 da Revista Decor.