Evidenciando uma arquitetura notável que se complementa pelo entorno privilegiado, a Casa Itu DB revela uma atmosfera que promove conforto e contato com a natureza. Com uma proposta de espaços abertos, que integram áreas internas e externas, a construção de 753 m², assinada por Omar Fernandes, do escritório Olaa Arquitetos, amplia a percepção do espaço em que está inserida neste terreno de 2.262 m². Localizado em um condomínio em Itu, São Paulo, o projeto teve a finalidade de criar uma casa que pudesse ser aproveitada aos finais de semana, mas que oferecesse as comodidades de uma morada fixa.
A casa de campo com perfil sustentável foi pensada para uma família que buscava vivenciar um momento maior com a natureza, já que estava acostumada com o espaço urbano de São Paulo. Convidativa, ela também conta com aspectos que são considerados presença obrigatória para atender as necessidades dos moradores atualmente, que passam mais tempo em casa em virtude da pandemia da Covid-19.
Uma bela composição de volumes e texturas promovidas pelos blocos da construção, equilibrados em proporções e cores, é vista na arquitetura. A natureza ganha ênfase no espaço circundante, que traz piscina com prainha e deck. Muito presente nos painéis e janelas, o uso de vidro amplia a vista da área externa, que igualmente destaca elementos naturais e esquadrias pretas.
O próprio estar é uma grande varanda com aberturas nos quatro lados. Enquanto a área social tem caixilhos bem abertos e pé-direito alto, a proximidade com o gramado central enaltece a vista para o bosque e para o pôr do sol.
Na união de seus blocos, uma ampla galeria de 30 metros de comprimento e 7,5 metros de altura, em sua parte mais alta, ganha visibilidade. Constituída especialmente por cobogós desenvolvidos em conjunto com a NeoRex, para que pudesse ser estruturalmente autossustentada, vedada a intempéries e com grande permeabilidade de luz, essa galeria traz um harmonioso resultado. Desse modo, um volume marcante com leveza visual proporciona filtragem da iluminação natural e um jogo de luz e sombra. Já à noite, torna-se uma luminária vista de fora, em função das luzes internas acesas. Começando da porta da morada e se estendendo até o meio do terreno, a galeria dispõe de diferentes níveis de piso. Ou seja, quando percorrida, a residência vai se tornando ainda mais surpreendente com sua imponência.
Mantendo o perfil sustentável sob o ponto de vista ecológico, o projeto faz uso de lajes verdes com plantas, tem sistema de reuso e de aproveitamento de águas e traz boas soluções em termos de iluminação e temperatura. Além disso, há redução na manutenção externa da casa, devido aos materiais utilizados exigirem menor cuidado e se manterem sua beleza ao longo do tempo. Nesse verdadeiro refúgio urbano no interior paulista, a residência confere a sensação de total integração com o ambiente e a paisagem – principalmente porque a convivência em uma morada de campo está, na maior parte do dia, nas áreas externas.