Nascido em Salvador, Bahia, o arquiteto e designer de mobiliário e produto Lucas Caramés sempre foi um apreciador de artes visuais e desenho. Filho de arquiteta, foi incentivado desde muito jovem a exercitar sua criatividade. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Brasília – UCB, encontrou na profissão uma forma natural e saudável de explorar seu lado criativo. Fundador do Stdio Lucas Caramés, o profissional acredita e defende um design autoral com abordagem minimalista e busca incorporar essas práticas em seus trabalhos. Outra aposta de Caramés é a combinação entre ergonomia e funcionalidade, além de detalhes e união de materiais em suas peças, conhecimentos que foram aprofundados quando estudou na Itália. Recentemente, fechou uma parceria com a marca Muma e criou quatro móveis exclusivos. Além disso, está desenvolvendo novos desenhos e, em breve, uma nova campanha de lançamentos deve ser anunciada.
REVISTA DECOR – Como começou sua relação com a arquitetura e posteriormente com o design de produtos?
LUCAS CARAMÉS – Minha relação com arquitetura existe desde muito cedo, mas nunca de forma tão direta. Minha mãe sendo arquiteta, me incentivava muito a ser criativo, mas não me influenciava diretamente a ser arquiteto. Acabou sendo uma escolha saudável e natural. Sempre quis estudar algo que me proporcionasse o exercício do meu lado criativo, e vi na arquitetura, um mar de possibilidades. Mas só depois de 5 anos de formado, me aprofundei e conheci de verdade o mundo do design de produtos. E desde então, encontrei uma paixão.
DECOR – Você é fundador do Juno Arquitetura e do Stdio Lucas Caramés. Como você define seus trabalhos?
CARAMÉS – Fundamos a Juno eu e mais dois amigos, André e Carol, com o objetivo de sermos diferentes, agirmos e construirmos o nosso próprio mundo da arquitetura, algo que não víamos muitos outros profissionais da área se aventurarem a fazer. Construímos belos objetivos, mas hoje nós três seguimos diferentes caminhos. Como arquiteto e designer, gosto de buscar não apenas o empoderamento de boas ideias, mas sim, de fazer parte de um núcleo de quem as buscam, as compartilham e as preservam. Vejo que o consumo de design muda a cada momento e o Ser Humano muda à medida em que o seu consumo se aprimora, buscando cada vez mais personalidade, mais qualidade e menos quantidade.
