Laureline Galliot e a criatividade em alta

A pintora e designer Francesa Laureline Galliot. Foto: Vincent Ducard
Da França para o mundo, jovem artista exibe peças multicoloridas e explora tecnologia 3D
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Toques de cor e traços digitais compõem o portfólio artístico de Laureline Galliot, 34 anos, pintora e designer francesa nascida na cidade de Maisons-Laffitte. Com bacharelado em design de impressão têxtil e colorista na Olivier de Serres National College of Art and Design e mestrado em design industrial na École Nationale Supérieure de Création Industrielle (ENSCI Les Ateliers), a profissional, que fundou em 2013 o Laureline Galliot Studio, em Paris, tem peças exibidas em museus e galerias. Além disso, a profissional soma exposições na França, no Reino Unido, na Áustria e nos Estados Unidos, além de importantes prêmios como o RisingTalent, da Maison&Objet de 2020.

A artista considera que “multi-disciplinary, painterliness e bizarre” são expressões que caracterizam e distinguem seu trabalho. Suas peças coloridas, que chamam a atenção, possuem o mesmo tipo de abordagem para cada desenvolvimento. Entre seus projetos, destacam-se pinturas, esculturas, têxteis, objetos de design, mobiliário, papéis de parede e criações com ferramentas digitais e em 3D, destacando colaborações com marcas como a NodusRug e a Disney Research Lab.


REVISTA DECOR – Como você se define? Qual característica acredita que a destaca?
LAURELINE GALLIOT –
Sou pintora e designer. Também gosto da antiga palavra francesa “ensemblier”, que visa uma categoria de designers/artistas capazes de navegar por diferentes perfis: designer de móveis e tecidos, decorador de interiores. Isso pode dar origem a algum tipo de “obra de arte total”, que poderíamos descrever como uma tentativa de fundir artes em uma criação perfeita.

DECOR – Há alguma personalidade no design que lhe inspirou na carreira? De onde encontra inspiração?
LAURELINE – A necessidade de saber o que está por trás, o lado mágico de fazer, me levou a esta carreira. Você pode começar tentando retratar seu próprio rosto. Então, você desenha o que vê, é uma bagunça e você deseja ser mais preciso. Depois, vai ao museu para estudar pintura, etc. Hoje, mais estudo o trabalho de pintores que expandiram sua prática artística para incluir móveis, têxteis, moda e cenografia.

“Digital Flowers”, de 2015

DECOR – Como é sua rotina diária sendo artista?
LAURELINE –
Tento não ter uma para garantir que eu possa ser mais criativa possível, prestando atenção em coisas inesperadas em vez de fazer escolhas ou controlar minhas ideias. Eu acordo muito cedo, quando o som dos pássaros é a única coisa que podemos apreciar. Então, defino alguma direção criativa sem nenhum resultado como objetivo, apenas caminhos potenciais que investigo devagar e silenciosamente (ferramentas digitais). As ondas de e-mail começam às 9 horas e eu me junto à minha mesa oficial para dividir meu tempo entre documentos, feedbacks de clientes e horários de aulas e de exposições. O dia passa e eu geralmente adio o processo criativo até a manhã seguinte.

DECOR – E sobre seu processo criativo, como ele funciona?
LAURELINE –
Trata-se de não ter como objetivo um resultado específico, mas deixar as coisas saírem de algum lugar, inesperadas. Então, basicamente recebo inspirações de qualquer coisa, desde que eu mantenha uma boa mentalidade (não tão fácil!).

DECOR – Como você usa tecnologias digitais em seus trabalhos artísticos?
LAURELINE –
Quase todos os designers são capazes de esculpir uma forma virtualmente hoje em dia. Por isso, é, de alguma forma, comum lidar com softwares de modelagem 3D, mas existem vários tipos diferentes. Os que eu estou usando são da indústria de videogames, o que me permite aproveitar mais minhas habilidades de pintora.

DECOR – Como percebe as criações de design francês em relação com as de outros países?
LAURELINE –
Na minha mente, cada designer é, de alguma forma, um país. Quero dizer que existem tantas assinaturas/estilos quanto existem designers, o que é bom porque todo país precisa de diversidade.

Leia a entrevista completa na edição 153 da Revista Decor