A arte natural de Geovana Cléa

Geovana Clea
Foto: Iuri Niccolai
Adornadas em cristais, ouro e outros minerais, as peças da artista a beleza natural e exótica de seus materiais
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Nascida em Inhapi, sertão do Alagoas, e radicada na Lombardia, Itália, a pintora Geovana Cléa dedica sua vida à expressão artística. Aspirante a miss, escritora premiada e amante de boa música, Cléa instalou suas reluzentes obras nos mais prestigiados espaços do mundo. O Louvre, em Paris, marca a conquista do Prêmio do Júri – Comissão Nacional de Belas Artes – pela obra Earth of the Minerals. A artista foi também fundadora da Associação Internacional de Arte Contemporânea Emotions of the World, que ajuda artistas do mundo inteiro a mostrar sua arte no mercado internacional. Indo além, a associação é presidida por Cléa e guarda a galeria de arte pop up, EOTW Gallery.


REVISTA DECOR – Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas?

GEOVANA CLÉA – Depois de ter estudado arte e língua em Florença, voltei ao Brasil e comecei a experimentar sozinha, em casa.

DECOR – Você tem um passaporte de “cidadã do mundo”. Esse desprendimento cosmopolita ajuda, ou atrapalha, de alguma forma na sua produção artística?

CLÉA – Tento dividir o momento da pintora e o momento da artista, quando a pintora cria e pinta suas obras, fica isolada, adora a simplicidade, colocar suas havaianas, roupas já sujas de tinta, cara lavada e parar somente no momento que precisa respirar. Caminhando, no mínimo, uma hora por dia, em estradinhas, entre árvores e bosques, perto de casa.

Já a artista, ela se apresenta no final de todo processo onde a pintora esteve de mãos meladas, rosto suado, fez medidas, compra de tintas, passagem pelo marceneiro, organização e colocação de canvas nas molduras, projetos criativos, fotos e documentação de cada obra. Ela, a artista, tem exposições, feiras internacionais, público, colecionadores, maquiagem, roupas feitas por estilista, sessões de fotos, entrevistas e vive toda sua cena com alegria e gratidão pela pintora que ralou pra caramba, que passou noites acordada, que refez uma obra só porque uma pequena imperfeição estragou o trabalho, lá na pontinha.

As duas, em cada momento, são diferentes uma da outra, uma não quer nem ver batom, esmalte, máquina fotográfica, barulho, salto alto, roupa fina… a outra, faz tudo que, como artista, merece ter, desde a roupa, maquiagem, foto, entrevista e etc., principalmente depois de a pintora tanto trabalhar. No coração, a artista tem sempre a pintora e, por ela, muita gratidão

Leia a entrevista completa na Edição 171 da Revista Decor.