Edificada em uma colina, com linhas retas e ousadas, a Casa Azul tem arquitetura contemporânea e sustentável. Situado na cidade de Loulé, em Portugal, o imóvel – antes uma casa de campo – passou por processos de renovação e ampliação. A pedido do proprietário, o objetivo era fazer do lugar um espaço de vida saudável, com responsabilidade ambiental para proporcionar à família – filhos, pais e pets – um viver harmônico e confortável.
A concretização do projeto tem a assinatura do escritório CORE Architects, que buscou implementar o lifestyle tranquilo dos moradores com a preocupação ecológica. Com 312 m², a residência tem como destaque a utilização de materiais sustentáveis e o aproveitamento de recursos naturais. Definida e planejada após levantamentos topográficos e estudos bioclimáticos, a estrutura arquitetônica valoriza a vegetação existente e integra a rusticidade do local. Na fachada norte os ventos frios ficam distantes por sua forma mais estreita. Já a fachada sul permite uma área contemplativa com vista para o mar e luz do sol.
Tudo foi pensado para garantir simplicidade, porém em uma composição sofisticada que destaca a comodidade. A parte externa da casa foi projetada considerando as diferentes elevações do terreno para criar a obra de aspecto peculiar. Com dois pisos e amplos espaços, a arquitetura ainda permitiu a existência de uma cave com vãos abertos. Para as fachadas e piscina foram usados reboco pré-misturado com cal hidráulica, cortiça, argila e fibras de reforço. As paredes internas foram revestidas de estuque de argila 100% natural, que mantém equilibrado o nível de umidade. Para os pisos foram escolhidos pedra natural, ladrilhos cerâmicos e madeira reconstituída – para os dormitórios e armários da cozinha. Já nas paredes do pátio e na piscina foram utilizados os característicos azulejos portugueses.
Ampla, a morada possui quatro dormitórios, cinco banhos, escritório, sala de estar, sala de jantar, cozinha, ginásio, cave e sala de yoga e meditação. As janelas com vidros foram instaladas em grande proporção com o intuito de promover a entrada de luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica. Para o projeto luminotécnico foi realizado um estudo eletrotécnico para a escolha assertiva das luminárias, além de sistema fotovoltaico para produção de energia. Também com sistema próprio de tratamento de águas, a casa é otimizada para propiciar o correto funcionamento dos equipamentos.
Para além das paredes, a casa é circundada por terreno de 5.230 m². O projeto paisagístico manteve as antigas oliveiras, amendoeiras e laranjeiras, priorizando também plantas indígenas com baixo consumo de água. Uma moradia para vivenciar o bem-estar continuamente.