O primeiro domo de Gramado, uma smart home para hospedagem feita 100% em madeira, tem cerca de 40m² e conexão à natureza. O domo é uma estrutura em formato geodésico, utilizada em telhados e, também, em construções próprias. A estrutura ficou por conta da empresa chilena Domos Ecológicos, enquanto o projeto foi assinado pela arquiteta gaúcha Gabriele Heckel.
O ambiente integra sala, cozinha e dormitório, com banho privativo. Com pé direito de 5 metros de altura no ponto mais alto da hospedagem, o teto do espaço conta com projeções de estrelas e neve artificial, disponível por comando de voz. “Foi um projeto atípico para mim, fiz muitas pesquisas para aprender sobre o conceito de domo, como projetar e desenhar ele”, comenta Gabriele.
Já para a decoração interna — pensada pela proprietária — a preferência foi por criar um espaço clean. Móveis em branco com detalhes em dourado e pequenos pontos de cor criam um ambiente de relaxamento.
Entre as copas das árvores — a 7 metros do solo — é possível aproveitar o clima natural: o domo está localizado ao lado de uma área de preservação, a 5km da Rua Coberta. Para isso, o deck externo conta com banheira e mais de 50m² para contemplar a vista. “Eu acho que a beleza da arquitetura é que ela te proporciona essas experiências únicas”, complementa a arquiteta.
Afastada de outras propriedades, a hospedagem cria um clima intimista com a iluminação quente e a vista das árvores. Em uma área próxima ao domo, um ambiente com espaço para fogueira e bancos foi criado para noites com marshmallow ao fogo.
Para sair do papel, as dificuldades eram variadas. O projeto era sem precedentes, nunca antes elaborado e aprovado na cidade, e o terreno era íngreme. A complexidade para chegar ao local era tanta que caminhões não acessaram a propriedade e foi necessário carregar materiais à mão. Mas o trabalho recompensou: o projeto tomou forma com o menor impacto ambiental.
